quarta-feira, 25 de março de 2015

UMA TARDE DE PURA EMOÇÃO

Com certeza a tarde de ontem (24/03/2015) vai ficar para sempre na minha memória, há alguns meses venho tentando convencer meu filho caçula a pegar ondas, em fevereiro consegui que subisse na prancha pela primeira vez, o "bichinho" do surf pegou ele, no dia da outra aula de nosso projeto, ele acordou cedo e quando abri os olhos ele estava deitado na minha cama olhando pra mim, dizendo as horas e perguntando se eu não ia levantar, fomos para aula e mais uma vez ele arrebentou, subiu na prancha, remou,  surfou e ficou feliz demais. Assim foi durante quatro aulas, depois da última, me perguntou quando iria surfar na minha prancha, tenho evitado um pouco, pois a prancha de fibra é um pouco diferente do longboard de Softboard, e mais arisca, mais rápida e um pouco mais perigosa, estava esperando o mar ideal para colocá-lo nesse desafio, enfim chegou a hora.
Ontem quando saí do trabalho peguei a prancha, o equipei e fomos para a praia, o dia não estava dos melhores, o mar também não, ondas sem constância, atrapalhadas pelo vento, mar balançando muito, quase me arrependi de tê-lo levado aquela hora. Antes de entrar, expliquei para ele que a prancha era diferente, as condições do mar não eram muito favoráveis, para que ele não desistisse - naquelas condições achei que ele não iria ficar de pé - não queria frustrá-lo logo no primeiro contato com a prancha, mas meu guerreiro foi forte, ele sentiu um pouco a diferença da prancha, era preciso achar o ponto de equilíbrio, mas com dez anos o que não falta é equilíbrio.
No meio do processo ele arrancou o gorro que coloquei para protegê-lo do vento, disse que atrapalhava a comunicação, dei a orientação, coloquei-o na onda e lá foi ele me surpreender, não só ficou em pé, como colocou a prancha no corte, de front-side e back-side. Simplesmente arrebentou, pegou ainda mais duas ondas perfeitas, mas aí o vento aumentou, prejudicou as ondas e com o sol já se pondo o frio aumentou na praia, então paramos e fomos embora.
Nunca mais vou esquecer esse momento, tão especial, tão profundo, afinal o sonho de todo pai surfista é que seu filho também goste do surfe. Foi um momento impar, que só Deus, pode nos proporcionar. Não sei quem ficou mais feliz, ele ou eu, foi impressionante. 

Deus abençoe a todos!


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